Tarifaço de Trump: Nunes diz que 'as coisas não podem se misturar' ao ser indagado se apoia anistia a Bolsonaro para acabar com a tarifa

  • 14/07/2025
(Foto: Reprodução)
Tarifaço de Trump: Nunes diz que 'as coisas não podem se misturar' O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), comentou nesta segunda-feira (14) o tarifaço imposto por Donald Trump a produtos brasileiros em reação aos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro na Justiça e disse que "as coisas não podem se misturar". Em entrevista à GloboNews, ao ser questionado se apoia a anistia a Bolsonaro em troca do fim da tarifa extra de 50%, Nunes respondeu: Acho que as coisas não podem se misturar até porque não tem nem como se misturar. Nunes disse ainda que "a questão das tarifas não é uma coisa assim que o chefe de Estado define de forma unilateral". "Existe toda uma conjuntura", afirmou. Aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Nunes saiu em defesa dele e disse que, assim como todo governante, ambos têm a obrigação de defender o interesse da população. "E pode ser o Trump, pode ser a União Europeia, que for colocar alguma taxa sobre produtos brasileiros, em especial de São Paulo, a gente vai ser obviamente contra e não tem como você querer misturar uma coisa com a outra, em hipótese alguma. Os interesses do estado de São Paulo têm que ser defendidos pelo governador, os interesses do país, pelo presidente e os interesses do município, pelo prefeito", afirmou. Prefeito Ricardo Nunes (MDB) em entrevista à GloboNews Reprodução/GloboNews Num primeiro momento, Tarcísio culpou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo tarifaço, mas, diante da repercussão negativa, mudou o tom do seu discurso e disse que o momento agora é unir esforços para conter os efeitos da medida. Ministros do governo reagiram às criticas de Tarcísio a Lula ao dizer que o presidente "colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado" e que "a responsabilidade é de quem governa". Aliado de Bolsonaro, Tarcísio é cotado para disputar a Presidência contra o atual presidente em 2026. O anúncio de Trump foi recebido com espanto por especialistas no Brasil e no mundo, que destacaram a motivação política da decisão. "Ele [Trump] mencionou a iminente condenação do Bolsonaro", disse, em entrevista à GloboNews, o ex-presidente do Banco Central Alexandre Schwartsman. "Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos", escreveu o economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel. Entidades da indústria e da agropecuária brasileira também manifestaram preocupação com o anúncio e afirmaram que as taxas ameaçam empregos no setor. Carta ao Brasil teve teor político e citou Bolsonaro Em carta enviada ao presidente Lula na qual justifica a elevação da tarifa sobre o Brasil, Trump citou Bolsonaro e disse ser "uma vergonha internacional" o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). Após o anúncio, Lula afirmou que o Brasil "não aceitará ser tutelado por ninguém" e que o aumento unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras será respondido com base na Lei da Reciprocidade Econômica. O petista declarou ainda que o processo judicial contra os envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023 é de competência exclusiva da Justiça brasileira. (leia mais abaixo) Na carta, Trump afirmou, sem provas, que sua decisão de aumentar a taxa sobre o país também foi tomada "devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos". Segundo o documento, a tarifa de 50% será aplicada sobre "todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes". Produtos como o aço e o alumínio, por exemplo, já enfrentam tarifas de 50%, o que tem impactado diretamente a siderurgia brasileira. A tarifa de 50% anunciada por Trump é a mais alta entre as novas taxas divulgadas. Ao justificar a medida, Trump também afirmou que a relação comercial dos EUA com o Brasil é "injusta". Disse que barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil "causaram esses déficits comerciais insustentáveis contra os EUA". Apesar do argumento, dados do Ministério do Desenvolvimento mostram o contrário. O Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os EUA desde 2009 — ou seja, há 16 anos. Isso significa que o Brasil gastou mais com importações do que arrecadou com exportações. Trump anuncia taxa de 50% ao Brasil

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/07/14/tarifaco-de-trump-nunes-diz-que-as-coisas-nao-podem-se-misturar-ao-ser-indagado-se-apoia-anistia-a-bolsonaro-para-acabar-com-a-tarifa.ghtml


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